Finanças

Você pode sacar o dinheiro de um parente que já faleceu: veja como

Quando uma pessoa falece, ela pode deixar algum dinheiro acumulado que pode ser resgatado por parentes.

Quando alguém falece, o impacto emocional domina os primeiros dias, mas existem questões práticas que não podem ser ignoradas. Entre elas, está o fato de que a pessoa pode deixar dinheiro em diferentes instituições, muitas vezes sem que os familiares tenham conhecimento.

Esse valor pode vir de benefícios trabalhistas, seguros, previdências ou contas bancárias não movimentadas. O problema é que, sem informação e organização, esses recursos acabam esquecidos e nunca chegam aos herdeiros.

Entender onde procurar e como solicitar o saque garante que a família receba o que lhe é de direito. Por isso, identificar esses valores e seguir os trâmites corretos torna-se uma etapa essencial para preservar o patrimônio deixado pelo ente querido.

Se você perdeu um parente recentemente, veja se tem dinheiro para sacar.
Se você perdeu um parente recentemente, veja se tem dinheiro para sacar. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Onde posso resgatar dinheiro de uma pessoa falecida?

Vários benefícios e saldos podem estar disponíveis para herdeiros e dependentes legais, mas cada um exige procedimentos específicos. Conhecer as principais fontes ajuda a não deixar dinheiro parado e a agilizar o recebimento.

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FGTS e PIS/Pasep

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ser resgatado mesmo quando a conta estiver inativa, desde que o solicitante seja herdeiro ou dependente reconhecido. Já as cotas do PIS/Pasep estão disponíveis para trabalhadores que atuaram com carteira assinada entre 1971 e 1988.

O pedido deve ser feito diretamente à Caixa Econômica Federal ou ao Banco do Brasil, apresentando certidão de óbito, documentos pessoais e prova de vínculo. Não se esqueça de fazer isso dentro do prazo determinado.

Seguros de vida

O seguro de vida, individual ou coletivo, pode representar uma quantia significativa de dinheiro. Para verificar a existência de apólices, é possível consultar a Superintendência de Seguros Privados (Susep) ou o portal da CNseg.

É preciso apresentar certidão de óbito e documentos que confirmem o parentesco com a pessoa que faleceu. Empresas também oferecem seguros coletivos a funcionários, por isso o contato com antigos empregadores é fundamental.

Previdência privada

Planos de previdência, sejam individuais ou empresariais, podem acumular valores ao longo dos anos. A consulta deve ser feita diretamente na instituição financeira ou seguradora responsável. Ao localizar o plano, o herdeiro apresenta os documentos solicitados e segue o procedimento de inventário.

Pensão por morte

A pensão por morte é paga pelo INSS a dependentes do segurado. A solicitação pode ser feita pelo site ou aplicativo Meu INSS, sem necessidade de comparecer presencialmente a uma agência. É preciso comprovar a relação com o falecido e atender aos requisitos de dependência econômica estabelecidos.

Seguro DPVAT

Para acidentes de trânsito ocorridos até 31 de dezembro de 2023, ainda é possível solicitar a indenização por morte por meio do seguro DPVAT. O pedido é feito na Caixa Econômica Federal, que administra os pagamentos restantes, com apresentação dos documentos exigidos.

Contas bancárias e investimentos

O Sistema de Valores a Receber, do Banco Central, permite consultar se o falecido tinha dinheiro esquecido em contas bancárias, cooperativas de crédito ou investimentos. A consulta é gratuita e feita no site valoresareceber.bcb.gov.br, usando o CPF da pessoa falecida.

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Documentos necessários para o saque do dinheiro

Para que o resgate de valores seja feito sem atrasos, é importante reunir todos os documentos exigidos pelas instituições. Entre os principais, destacam-se:

  • Certidão de óbito do falecido
  • Documento de identificação do falecido (CPF e RG)
  • Documento de identificação do solicitante (CPF e RG)
  • Comprovante de vínculo, como certidão de casamento, certidão de nascimento ou escritura pública de união estável
  • Procuração ou alvará judicial, quando necessário
  • Certidão de inventariante ou decisão judicial autorizando o saque, nos casos que exigem inventário

Reunir essa documentação com antecedência evita retornos desnecessários aos órgãos e acelera o processo. Além disso, manter os papéis organizados reduz a chance de esquecer algum benefício disponível.

Muitas vezes, a demora no levantamento desses documentos faz com que prazos sejam perdidos e que o dinheiro permaneça sem resgate. Por isso, a atenção a cada detalhe do procedimento é indispensável para garantir que o valor devido chegue às mãos corretas.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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